Artilheira, capitã, líder, símbolo e vencedora!

Quem vê sua glória e reconhecimento atualmente, não imagina suas origens. Nascida no interior de Alagoas e criada apenas pela mãe, junto a três irmãos, interessou-se por futebol nos primeiros anos de vida em uma época que havia muito preconceito em relação às mulheres no esporte. No entanto, Marta passou por cima da discriminação e seguiu seus sonhos. A sua história com o futebol até se parece com a de muitos jogadores: a infância pobre no interior do Brasil, o destaque nas brincadeiras de criança e o talento reconhecido por quem a via jogar. Porém, Marta teve que driblar um obstáculo bem maior e que nenhum grande craque do futebol masculino precisou vencer: o preconceito e a falta de apoio ao futebol feminino.

A jovem jogadora Marta jogava, quase sempre, em times masculinos. A menina chegou até mesmo a ser impedida de participar de um campeonato, com o seu time, por ser mulher. Em 1999, entrou para o Juvenil do Centro Esportivo Alagoano, o CSA. Já em 2000 surgiu uma remota possibilidade da menina ir para o Rio de Janeiro e realizar testes no Fluminense e no Vasco, onde foi aprovada e assinou contrato profissional, aos 14 anos de idade. Dois anos depois, Marta foi para o Santa Cruz Futebol Clube, em Minas Gerais, e logo depois despertou a atenção do mundo.

A jogadora vestiu a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez em 2003, nos Jogos Pan-Americanos, em Santo Domingo, onde consagrou-se ao conquistar a medalha de ouro. A partir deste momento, Marta não parou mais. A menina de Alagoas ganhou o mundo e encantou com o seu talento!
A jogadora é uma porta-voz quando o assunto é discutir sobre a desigualdade salarial entre o futebol feminino e masculino, pauta importante porque homens costumam ganhar até cinco vezes mais que as mulheres. Marta Silva luta pela igualdade de gênero e empoderamento das mulheres,inspirando-as a lutarem pelos seus direitos, e desafiar estereótipos em relação à capacidade das mulheres, principalmente dentro do esporte.